sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

FoicesAlbicastrenses - 12/2015

Boas!

De volta ao nosso abrigo permanente e considerando o número de vezes que já saímos para aquele local, achamos que os desafios não são apenas os projetos que todos temos planeado para o seu contínuo desenvolvimento, mas também as circunstâncias com que nos deparamos em cada saída. Na anterior permanência no abrigo tivemos os problemas da falta de água e da inclinação do abrigo para resolver, desta vez a parede frontal da construção tinha de ser reparada e contávamos ser 5 pessoas a pernoitar sendo a capacidade máxima do abrigo de 4 pessoas apenas. 


Isto significava que o abrigo tinha de ser aumentado.






 Optámos por revestir a plataforma frontal em forma de grelha com giestas que eram abundantes na outra margem do rio. Este arbusto além de ter uma excelente densidade é também bastante flexível, o que o torna fácil de moldar fazendo assim uma boa cobertura quase sem brechas.


Após reunirmos quantidade suficiente foram feitos fardos daquele material de forma a ser mais fácil o seu transporte através do açude que une as margens do rio. 


Cortámos também algumas varas de eucalipto que iriam servir para, simultaneamente ao arranjo da cobertura, iniciarmos a construção de uma divisão anexa a uma parede lateral do permanente onde pudesse pernoitar um quinto elemento.










Fogo para o almoço.








Uma outra preocupação foi em fazer logo um outro fogo na lareira interior devido à humidade que por ali havia e para ir aquecendo o ambiente interior para a noite fria que se aproximava. Nesta local, nesta altura do ano, as temperaturas exteriores de noite caem facilmente para perto dos 0 graus.





Entrelaçámos bem as giestas na grelha que foi previamente reparada (nós e substituição de algumas varas) de forma a deixar o menor número de falhas possíveis.






Para o anexo foi colocada uma vara diretamente numa lateral do abrigo cravada no chão, a partir da qual se desenvolveu uma grelha que foi totalmente coberta com giesta e algum eucalipto. Este trabalho durou ainda pela noite dentro.









Tivemos ainda tempo para recolher algumas sanchas (Lactarius deliciosus) que acompanhariam com a nossa tradicional sopa à lavrador.











Depois de jantar recolhemos ao abrigo.

Com a claridade da manhã conseguimos ver com exatidão a obra que tinha sido concluída já no decorrer da noite e efetivamente o abrigo estava sólido, compacto e muito espaçoso no interior.








Sem dúvida que este anexo nos irá dar muito jeito no futuro e irá desafiar-nos a todos a ter novas ideias para também o melhorar pouco a pouco, indo desta forma ao encontro da nossa filosofia evolutiva que tentamos trespassar para o Bushcraft.



Continuar a explorar zonas novas faz também parte do nosso planeamento a longo prazo, quem sabe um dia encontrar uma nova localização para aplicar o que aqui conseguimos desenvolver e onde consigamos construir um outro permanente.






Bem haja e boas aventuras.

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