sexta-feira, 10 de abril de 2015

FoicesAlbicastrenses - 10/2014 a 02/2015

Boas.

Após os meses de verão, entre Junho e Setembro 2014, retomámos como habitualmente as nossas saídas mensais. Uma vez que o nosso abrigo permanente tinha já atingido uma base sólida, decidimos começar a alternar saídas para o permanente com saídas para novos sítios do nosso distrito que ainda não conhecíamos.

18/10/2014

Como não poderia deixar de ser a nossa primeira saída depois do verão foi para o nosso abrigo permanente. Decorridos 4 meses desde a nossa última estadia ali, o abrigo estava firme e com o peso e passar do tempo assentou e tornou-se mais sólido e aconchegante. Por outro lado, alguma da ramagem colocada nas laterais tinha secado durante o verão, contudo, serviria sempre de suporte para outros tipos de materiais que iriam continuar a formar camadas para um melhor isolamento. O musgo durante o verão não secou.

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22/11/2014

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Na saída de Novembro de 2014 decidimos ir até uma zona que não nos era de todo familiar. Apesar de não ser muito longe da cidade, nunca por vários motivos, tínhamos explorado terreno naquela zona do Rio Ponsul, fomos explorar a Serra do Rochão depois das localmente famosas curvas da “Monheca”. Pequena serra situada no limite sudoeste do concelho de Idanha-A-Nova nas margens do Ponsul e já muito perto de uma grande zona agrícola. Sabíamos da existência de antigos moinhos de água nas margens do rio e decidimos desta vez aproveitar essas construções para pernoitar.

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O local em si era bem bonito, bem selvagem, mato denso e uma alta actividade de caça grossa, contudo, por estar perto de uma grande zona agrícola a agua ali era um factor de que sempre desconfiámos. A novidade foi termos aproveitado um abrigo que já estava de pé e a experiência de o adequar o melhor possível para nossa comodidade (como se fosse um abrigo natural). Proporcionou-nos uma excelente noite apesar do frio e alguma chuva.

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27/12/2014

Voltámos ao permanente em Dezembro 2014 para dar continuidade ao seu aperfeiçoamento, através da recolha de diversos tipos de material para ir cobrindo cada vez mais a sua cobertura e para eventualmente desenvolver a construção.

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Como sempre o abrigo revelou-se bastante aconchegante e conseguimos temperaturas interiores bastante boas, num dos meses mais frios do ano.

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24/01/2015

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Em pleno Janeiro 2015 afastámo-nos ainda mais da nossa zona de conforto indo desta vez para os lados de uma pequena aldeia já no sopé da serra da Gardunha, Souto da Casa. À chegada ficámos logo encantados com a beleza da paisagem.

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A mata era densa e o arvoredo bem distinto do que temos mais perto da nossa zona, alguns pinheiros, alguns eucaliptos e nem sinal de azinheiras ou oliveiras. Construímos abrigo perto de um pequeno ribeiro que por ali passava, a sua água nascida na serra era cristalina permitindo bebê-la sem sequer necessitar de ser purificada. Os salgueiros abundavam e permitiu-nos voltar a fazer o tipo de abrigo que costumamos construir neste tipo de saídas, mas desta vez utilizámos apenas cobertura natural com a imensa quantidade de giestas que por ali havia.

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A noite foi tranquila e o eucalipto, apesar de não ser das madeiras mais calorificas, fez o seu papel criando um ambiente agradável dentro do abrigo.

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14/02/2015

Fevereiro 2015, talvez uma das saídas menos produtivas que fizemos. Contudo, ficam algumas fotos somente para registo.

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Bem haja e boas saídas!

FoicesAlbicastrenses
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FoicesAlbicastrenses - 03/2013 a 05/2014 Abrigo Permanente

Em 2013 continuámos com a nossa rotina de tentar sair para o mato pelo menos uma vez por mês sendo o objetivo aquele que tínhamos traçado no final do ano de 2012, estabelecer um abrigo permanente no melhor local possível.

Para tal, continuámos a voltar a sítios que tínhamos referenciado ao longo das caminhadas que fizéramos ao longo dos Rios Ocreza e Tripeiro, tendo pernoitado nos mesmos locais onde o tínhamos feito anteriormente, deu-nos oportunidade de confirmar, ou não, as primeiras impressões com que tínhamos ficado em relação a cada um deles e aí tomar uma decisão.

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A azul, toda a área que explorámos ao longo desta zona do Distrito (Rio Ocreza e Ribeira do Tripeiro)

Como as vezes que saímos até encontrar-mos esse local ainda foram algumas, tentaremos resumir a partilha até ao momento em que o abrigo permanente começou a tomar forma e tentaremos então ir mostrando o seu desenvolvimento.

Saída 19/01/2013

Na primeira saída de 2013 resolvemos voltar ao local onde tínhamos ido na saída anterior, pois pareceu-nos ter dado boas indicações quanto a alguns recursos: água, localização e quantidade de madeira para aquecimento.

Houve dois episódios caricatos nesse fim-de-semana:
Um foi termos ido para o mato numa noite em que estava aviso vermelho (vento e chuva), como já o tínhamos feito anteriormente, quando chegámos à cidade tinha sido dos piores temporais dos últimos anos e contudo conseguimos passar uma noite relativamente tranquila. Isto tudo por estarmos num enorme vale com bastante altitude pelas costas;

Outro foi o facto de durante a tarde termos assistido na outra margem do rio uma caçada aos javalis, mal nos apercebemos do perigo a nossa primeira reação foi falar de imediato ao caçador, para ele se aperceber da nossa presença.

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Tentámos cobrir o abrigo o mais possível devido à previsão de fortes ventos e muita chuva.

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A cadeira serviu de porta…

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De manhã ficamos bastante espantados com a boa noite que tínhamos passado, contudo quando chegámos à civilização havia um vasto rasto de destruição deixado pela tempestade. Confirmou-se que a exposição aos elementos era excelente naquele sítio, havia bastante água, muita lenha e até era um sítio propício para a caça, contudo faltava-nos um elemento que considerávamos essencial para a construção de um abrigo permanente, a capacidade de recolha de material de construção sem danificar demais a floresta. Então resolvemos não voltar ali.

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Saída 16/02/2013

Nesta nossa 2ª saída de 2013, voltámos a uma zona de um trajeto que tínhamos feito anteriormente e que se situava mais a sudeste do último camp que tínhamos montádo. Avistámos um eucaliptal que cresceu numa ilha (que quando o rio está mais cheio fica completamente submersa) no caudal do rio Ocreza. Para alcança-la foi preciso molhar o pezinho.

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No centro da ilha estava um enorme buraco, que pensámos logo em aproveitá-lo. Não sendo totalmente um abrigo natural, era um abrigo que estava parcialmente formado pelas paredes do grande buraco, bastar-nos-ia construir o telhado. Além do grande eucaliptal as margens do rio estavam cheias de velhos salgueiros, ambas árvores que nos forneceriam a madeira ideal para construção do abrigo.

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Numa das paredes naturais e com recurso a enormes lajes que por ali havia construímos uma lareira.

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Almoço, para recuperar forças.

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Devido ao facto de o local nos ter inicialmente agradado, decidimos iniciar um tipo de construção que nos permitisse servir logo para o futuro abrigo permanente, a madeira abundava...

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De noite, a temperatura interior conseguida com a lareira construída no topo esteve boa e a impermeabilidade era total, contudo o fumo foi bastante incomodativo (a lareira teria de levar uma volta). De noite notámos alguma actividade de alguns porcos, o que era um sinal positivo no sentido de ali poder haver alguma caça.

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Quando ao domingo de manhã acordámos, ficámos agradados com a zona para a construção do abrigo permanente, a localização era boa, era de difícil acesso, tinha lenha em boa quantidade e acima de tudo tinha bastante madeira para construção, recurso que achamos bastante importante. Pensámos logo em voltar.

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Saída 19/03/2013

No mês seguinte voltámos ao local onde tínhamos deixado a última construção com o objetivo de a continuar a desenvolver de forma a se tornar permanente. Mas devido ao que tinha chovido no último mês e de se localizar numa ilha, desta vez, foi-nos impossível atravessar o rio. O enorme caudal e a forte corrente tornavam a travessia demasiado perigosa.
Um pouco desiludidos acampámos por ali de baixo de um pequeno pinhal que já nos era familiar a tentar pensar em novas possibilidades de localização para o tão pretendido abrigo. Apesar disso, quem anda nestas vidas sabe bem que todas as saídas são entusiasmantes.

Tínhamos gostado da ideia da lareira do mês passado e com tantas pedras que por ali havia foi fácil construir logo uma.

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Como não pensávamos ali voltar fizemos um abrigo para conseguirmos passar bem a noite e não perdemos muito tempo com arquiteturas.

O lixo de uns é o tesouro de outros…

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Apesar da chuva foi uma excelente noite num abrigo mais pequeno e uma lareira que se mostrou muito eficiente.


Saída de 06/04/2013

Em mais uma localização na nossa zona de conforto, partimos para mais uma deambulação pela mata para montarmos o camp. A certo ponto demos com um pequeno olival ao lado de um magnífico açude refundidos nas margens do Tripeiro, completamente cercado de vasto mato. Havia eucaliptos, azinhais, alguns salgueiros mas predominantemente pinhal. Para além disso as margens eram acessíveis e recortadas com vastas ervas aromáticas, e a caça dava muitos sinais da sua actividade.

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Resolvemos logo iniciar a construção aproveitando as boas soluções que tínhamos testado nas saídas anteriores, uma lareira e um abrigo mais pequeno. Impressionante a quantidade de pinheiros caídos que havia por ali devido às tempestades, além dos eucaliptos e uns poucos salgueiros. Essa quantidade de matéria-prima permitia-nos começar a desenvolver um abrigo consistente.

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Algum conforto para a noite

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De manhã, olhámos em volta e ia-se reforçando a ideia que este podia ser o sítio perfeito, pois para além de nos proporcionar todos os elementos já referidos era também de beleza única.

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No ano de 2013 continuámos a regressar todos os meses a este abrigo, com exceção dos meses de verão, durante esse tempo aproveitámos ao máximo para ir desenvolvendo o abrigo e o seu espaço envolvente. Em Maio de 2014 o abrigo permanente estava praticamente finalizado, oferecendo a possibilidade de quando lá voltarmos podermos utilizar muito mais do tempo no aperfeiçoamento de outras técnicas e actividades.
Não temos fotos de todas as saídas, mas ainda assim ficam algumas que retratam a evolução do abrigo:

Saída 26/04/2013

Um dos vários modelos de lareira que tivemos.

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Saída 14/12/2013

O abrigo ia-se tornando cada vez mais confortável.

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Saída 25/01/2014

Dakota Fire dentro do abrigo para poder ser utilizado para se cozinhar com a respectiva saída de ar do lado de fora junto a uma das paredes.

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Saída 15/03/2014

Chegada durante a noite. De manhã continuação da cobertura do abrigo.

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A fase inicial do que seria a lareira definitiva.

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25,26,27/04/2014

No fim-de-semana da Liberdade trabalhámos árduo de forma a a melhorar o nosso abrigo permanente, ele ia tomando forma.

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Durante a primeira noite, ao lume, o abrigo transformou-se numa “oficina” de pequenos objectos que nos tornavam mais cómodo o abrigo.

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No dia seguinte de manhã o sol marcava presença, contudo com o decorrer do dia a ameaça de chuva fez-se sentir

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Neste ponto, a temperatura que conseguíamos atingir dentro do abrigo era impressionante, nada como o isolamento natural (que quanto mais camadas mais efectivo) para a concentração de calor.

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Voltámos a sair mais uma vez antes do Verão, no final de Maio de 2014, nessa altura o essencial do nosso abrigo permanente estava feito e as tarpas já não faziam falta (a não ser que caísse um dilúvio).

O nosso próximo objectivo é, depois do Verão e iniciando em Outubro de 2014, começar novamente a explorar outras zonas aqui no nosso distrito de forma a conseguirmos descobrir outro sitio tão rico ou melhor que este. Ao mesmo tempo alternar as saídas para outras paragens com saídas para o permanente, de forma as este estar em constante evolução.

Bem haja e boas saídas!

Foices Albicastrenses
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