Boas!
Apresentamos aqui a nossa segunda saída, a 29 de Abril de 2012. Devido ao facto de na altura ainda não termos muitas horas de mato e fazermos caminhadas bastante longas com o principal objetivo de explorar e conhecer esta zona, o nosso testemunho é muitas vezes focado no resultado final, não detalhando a maneira como o fizemos e o que utilizamos para o fazer. Hi Tech não é o nosso forte e nem sempre temos tempo para isso. Contudo, aqui fica o melhor que conseguimos.
Saída da ponte sobre o Rio Ocreza na EN112 com destino à ponte do mesmo rio na Taberna Seca, cerca de 6 km. Um troço também ele bastante escarpado alternando com alguma zonas planas que permitiram a espaços uma rápida locomoção. Apesar das paisagens excecionais que conseguimos testemunhar e da variedade de cenários únicos com que nos deparámos foi desolador ver o que sobra de vida de uma incêndio recente, …nada, só carvão. Excepto junto dos cursos de água, onde a fonte da vida, teimosamente insiste em reparar a m#rda que os humanos fazem e regenerar-se com vigor. É evidente que há fogos que começam de forma natural, mas não é o caso da grande maioria.
Trilho formado pela habitual passagem de animais. Excelente oportunidade para colocação de armadilhas. Nós ainda não caçamos, principalmente pela curta duração das nossas saídas para o mato que fazemos de momento.
À 80 / 100 anos atrás ainda havia imensa actividade do homem junto das margens dos rios, muitas das estruturas construídas eram azenhas, conhecidos como moinhos de água, são excelentes opções para abrigos “naturais”, se houver necessidade de pernoitar nestas áreas.
Alguém conhece esta espécie?
A desolação dos incêndios, em contraste com a vitalidade que a água proporciona. Excelente sentimento de esperança.
As “norças”, Tamus Communis, utilizamo-la como alimento, ficam especialmente boas com ovos mexidos. Há quem as escalde primeiro, antes de juntar aos ovos. Começam a crescer com a entrada da Primavera.
Fogo para o almoço. Temos vindo sempre a recorrer ao uso de uma pederneira;
Proteína
Aproximação ao ponto de chegada
Nas últimas horas da tarde montámos abrigo num denso salgueiral, tirando partido da imensa flexibilidade do salgueiro que nos permitiu fazer a estrutura base do abrigo. Utilizámos as tarpas para isolamento, bastante ramagem para uma segunda camada de proteção e dissimulação. Como o abrigo acabou por ganhar uma forma semelhante à dos iglôs, decidimos fazer o fogo no interior do abrigo junto à entrada, para maximização do calor, implicando menos consumo de lenha e protegendo a fogueira, pois ameaçava chover.
A erva na base do salgueiral fez uma cama confortável mas muito húmida, esquecemo-nos de isolar o chão, mas tivemos direito a marquise. Eheheh (na altura não havia dinheiro para DD HAMMOCK…Mas desenrascámo-nos com o que tínhamos).
Jantar, Sopa, Bannock e chaleira ao lume. Costumamos fazer infusões de rosmaninho, orégãos silvestres, hortelã, serpão, alecrim, agulhas de pinheiro e uns pequenos nós que crescem junto às agulhas dos pinheiros.
De manhã percebemos que a noite não teria sido totalmente bem passada, uma vez que apesar da boa impermeabilidade do abrigo e da sua excelente temperatura interior, foi complicado acertar com a extração do fumo da fogueira. Contudo, foi suficiente para nos dar as horas de sono necessárias.
Ponto de chegada, ponte do Ocreza depois da Taberna Seca
Boas aventuras, bem haja!
FoicesAlbicastrenses
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