sexta-feira, 10 de abril de 2015

FoicesAlbicastrenses – Saída 15/12/2012

Boas!

Dando continuidade à abordagem tomada na saída anterior, em que optámos por despender mais tempo na exploração dos locais do que a percorrer grandes distâncias, resolvemos explorar uma zona pela qual também já tínhamos passado e avaliar a sua capacidade de nos fornecer os recursos necessários a construirmos no longo prazo o nosso abrigo permanente. Para tal, começar a explorar certos sítios por onde já tínhamos passado com potencial para isso.

Muro, Ribeira to Tripeiro.

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O cenário era o normal da nossa zona de atuação nas margens do Ocreza, mato denso em margens bastante escarpadas com algumas clareiras junto a velhos muros. O que nos cabia avaliar era a sua capacidade de nos proporcionar as condições que consideramos básicas para a construção de um abrigo permanente: localização, distanciamento suficiente da civilização, um curso de água, recursos para construção, aquecimento e, a um longo prazo, a capacidade de arranjar comida.

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“Sanchas” Lactarius Deliciosus, são sempre um excelente reforço às nossas provisões.

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O objetivo era encontrar uma dessas clareiras mais planas e acima de tudo, bem entranhada no mato longe das margens do rio que em noites de céu limpo (por acaso não era o caso) tem tendência a arrefecer mais que nas encostas dos montes e atrair o orvalho da manhã, trazendo consigo a humidade.

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Montámos rapidamente abrigo, pois mais uma vez estava o tempo bastante húmido, a chuva iria aparecer e precisávamos de uma fogueira acesa logo de cedo para conseguirmos secar a lenha que iriamos recolher. Depois disso podíamos almoçar descansados.

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Optámos por acender uma fogueira tipo teepee, pois considerámos ser o tipo de fogo mais eficiente para secar a lenha inicialmente, visto ser um tipo de fogueira que faz combustão com facilidade com material húmido. E além disso, queima depressa, o que faz boas brasas logo de início para continuar a adicionar lenha húmida que precisa de secar, aspecto importante consideramos nós, quando as condições climatéricas não estão favoráveis. O que para nós é o mais aliciante, bushcraft em condições menos favoráveis.

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Ao tipo de construção que adotámos acrescentámos uma cobertura com rama de pinheiro na tentativa de servir de porta e concentrar mais algum calor.

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Relativamente à lenha, tivemos sorte porque havia bastantes árvores caídas devido aos temporais que ocorreram no inverno de 2012.

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Ao fim do dia antes de entrarmos para o abrigo.

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O centro do abrigo, onde foi feito o fogo, foi coberto com a rama do pinheiro.

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Uma vez acomodados comemos a tradicional sopa de couves, as “sanchas” apanhadas e mais algumas das nossas provisões. Depois foi controlar o fogo e esperar que o “molho” fizesse a sua função de nos deixar sonolentos. Partilhar uma garrafa quando tudo está feito à volta da fogueira abrigados do frio de Dezembro é um tesouro, e sem dúvida que contribui bastante para desenvolver o sentimento de camaradagem entre quem passa muitas horas no mato com um grupo de pessoas. Atenção, que como todos sabem o álcool entorpece os sentidos, como tal, só se bebe uns copitos quando todas as tarefas que envolvam o manuseamento de ferramentas de corte estão finalizadas.

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A noite foi bastante confortável e a água não entrou durante a noite. Com a prática de construção deste tipo de abrigo temos conseguido otimizar as suas condições cada vez melhor. De manhã com o dia sem chuva, demos folga às tarpas para respirarmos melhor.

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Gostámos da localização, estávamos num vale que oferecia excelente proteção à exposição dos elementos e além disso a lenha era abundante. Voltaríamos aqui no mês seguinte, Janeiro de 2013.

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Bem-haja!

FoicesAlbicastrenses
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