sexta-feira, 10 de abril de 2015

FoicesAlbicastrenses – Saída 17/11/2012

A nossa 2ª saída da temporada 2012 / 2013, a 17/11/2012, ficou marcada por uma mudança de abordagem à nossa permanência no mato, deixámos de efectuar longos trajectos entre um ponto de partida e outro de chegada e optámos por percorrer suficiente terreno de forma a estarmos bem “entranhados” para montar Camp. Desta forma, além de continuarmos a conhecer novas áreas aqui na nossa zona, também nos tem permitido dispender mais tempo no desenvolvimento de certas actividades.

Foi nesta altura que se começou a formar a ideia de definir a localização ideal, no raio de reconhecimento que até então tinhamos feito, para construir um abrigo permanente numa zona onde conseguissemos reunir o maior nº de condições e recursos. As muitas horas e Km´s de mato produziram o seu efeito e actualmente o abrigo permanente é uma realidade (contamos partilhar aqui a sua evolução).

Camões, uma pequena aldeia nas margens da ribeira do tripeiro (afluente do rio Ocreza), onde o pinhal é predominante e a mata bastante densa.

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Neste dia em particular a chuva foi uma presença constante provocando maiores dificuldades ao nível da locomoção e visibilidade (e refletiu-se na qualidade das fotografias, a câmara fotográfica é um simples ipod e um telemóvel).

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Trazer na mochila um poncho foi importante para manter a roupa um pouco menos molhada. Contudo, a locomoção tornou-se bastante mais lenta, principalmente quando foi necessário caminhar em altitude quando o caminho assim o exigiu.

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Com as chuvas do Outono, vêm os cogumelos silvestres. As “sanchas” Lactarius Deliciosus e Lactarius Sanguifluus, são muito frequentes em pinhais, sendo que a diferença entre as Deliciosus e as Sanguifluus observa-se na cor do látex que libertam. As Delicisiosus libertam um látex cor-de-laranja enquanto que as Sanguifluus libertam látex vermelho. Aproveitámos para apanhar algumas para comer ao jantar.

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Uns metros mais à frente o mato tornou-se bastante mais denso o que nos obrigou a caminhar mais nas encostas do que nas bermas do rio, mesmo assim, a deslocação foi na maioria das vezes mato a dentro à chuva e com o poncho a insistir em ficar preso nas ramas que desviávamos.

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Quando chove bem, parar e esperar que acalme não é uma boa solução, pois nunca sabemos o tempo que poderemos desperdiçar e este é precioso. A solução que arranjámos foi, mal definido o local onde iríamos dormir, estender logo uma tarpa que nos permitisse trabalhar por baixo dela e minimizar a exposição à chuva do equipamento e da área onde nos deitámos.

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De forma a rentabilizar o tempo ao máximo, (que quando está de chuva parece passar 2x mais rápido, pelo incómodo que provoca) construímos os abrigos e recolhemos a lenha suficiente para a noite (3x mais do que inicialmente se perspetiva) ainda antes de almoço.
Voltámos a construir um abrigo com o formato Lean To adaptado, com tantas estruturas laterias quanto o nº de ocupantes e com o fogo ao centro. As tarpas serviram para cobrir a estrutura, aproveitando a mais comprida para cobrir o centro onde se encontrava o fogo mas com inclinação suficiente para extrair o fumo.

Em condições como estas consideramos muito importante trazer na mochila um colchão, pois mesmo construindo qualquer tipo de cama, os materiais utilizados estarão com certeza encharcados e não será uma boa solução, para além de que, o tempo que demora a construir, em certas situações não compensa face ao mesmo tempo que despendemos a juntar lenha para passar a noite com temperaturas baixas. Optámos por aproveitar a caruma que em quantidade suficiente, é uma cama eficaz no que ao isolamento térmico diz respeito.

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Este tipo de abrigo além de ser de rápida construção (as tarpas ajudam muito) também permite uma excelente concentração de calor durante a noite, mesmo nas condições mais adversas. O espaço interior é bastante satisfatório.

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Em dias como este é determinante saber algumas coisas sobre como acender e manter uma fogueira. Acendemos o lume com pederneira, fatwood e material vegetal o mais seco possível, (colocar o material junto ao corpo durante algum tempo ajuda a secar) devidamente esfarelado, de modo a expor as fibras interiores, rachámos a lenha ao meio de modo a queimar a parte mais seca da madeira, e inicialmente construímos a fogueira no estilo teepee, pois a combustão é mais eficaz. Iniciámos a secagem da lenha e roupa. Passando a ser essas as nossas principais atividades para o resto do dia. É importante a fogueira nunca esmorecer.

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O almoço foi tardio devido à lenha molhada que queimava lentamente.

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Com a chuva a continuar a cair, após termos reunido a quantidade de lenha suficiente para nos garantir aquecimento para toda a noite, a tarde foi passada quase toda dentro do abrigo a dividir as provisões de cada um e sempre com o máximo de atenção à condução do fogo.

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Chegada a hora de jantar cozinhámos as sanchas apanhadas pelo caminho, algumas provisões que ainda tínhamos e partilhámos umas belas canecas do "2º cantil" até decidirmos todos entrar nos sacos-cama.

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Em contraste com o dia anterior a manhã de Domingo estava perfeita, pena foi termos de voltar para a cinzenta realidade urbana.

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Bem haja!

FoicesAlbicastrenses

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