Boas!
Depois da incursão pela
Serra da Estrela que fizemos no primeiro mês do ano, no mês de Fevereiro de 2016 voltámos a concentrar esforços
na evolução do nosso abrigo permanente. Uma vez que defendemos que o Bushcraft
passa por reunirmos cada vez mais condições no mato através dos recursos neste
recolhidos, permitindo-nos isso estadias cada vez mais confortáveis, o contínuo realizar de novos projectos é essencial para essa
perspectiva evolutiva.
Não pretendemos com isto desvalorizar a abordagem de realização de trilhos que temos também vindo a ter ao longo destes anos, mas actualmente focalizamos mais a nossa actividade no desenvolvimento da nossa área de
conforto, mantendo sempre abertas as portas a novas localizações para no
futuro podermos vir a realizar projectos semelhantes.
A título de curiosidade:
Out 15
Fev 16
O abrigo anexo que tínhamos construído na nossa ultima saída aqui estava com bom aspecto.
Nesta saída iniciámos dois novos projectos a desenvolver no futuro: um forno exterior e um telheiro lateral ao abrigo.
Um forno exterior: de extrema utilidade para podermos cozinhar não recorrendo directamente à irregularidade do lume. Poderemos também fazer o nosso pão.
Telheiro lateral: por norma, por uma questão de espaço e por ser mais agradável, apenas recolhemos ao abrigo já tarde e temos uma fogueira exterior onde passamos grande parte do tempo em que não estamos a trabalhar. Construir um telheiro é a forma ideal para podermos começar a tornar aquela área mais abrigada.
A primeira tarefa do dia foi transportar as pedras necessárias do rio, utilizando um tipo de andor que desta vez construímos com uma velha serapilheira.
Para a construção do forno começámos por abrir um grande buraco quadrado no chão, com uma abertura numa face para servir de extracção de fumo e outra na face oposta para servir de entrada de ar e combustível.
Cravámos uma boa estaca de eucalipto a uns bons palmos do chão e atámos a ponta a uma outra que vinha no prolongamento da trave principal do abrigo. Fizemos uns entalhes nas extremidades destas duas estacas para melhor encaixarem e fizemos então uma grelha que irá suportar a estrutura do telheiro.
Seguidamente "forrámos" todo o grande buraco quadrado com pedras, sendo aqui que se irá dar a combustão da madeira, e construímos um segundo nível também todo isolado para servir então de forno aproveitando o calor que provém do primeiro nível da estrutura.
O almoço foi rápido para maximizarmos o tempo disponível.
A parte frontal e porta do forno é algo que ainda vamos ter de resolver na próxima saída para este abrigo.
O isolamento total da construção será factor fundamental para obter o resultado pretendido.
A estrutura que irá suportar a cobertura do telheiro foi colocada sobre duas traves paralelas à principal que se prolonga do abrigo.
O efeito que pretendemos obter depois de construída a cobertura.
Ao jantar uma bela de uma feijoada, em substituição da tradicional sopa à lavrador, uma vez que o almoço tinha sido mais leve.
Como é bem mais genuíno estar no mato fora do abrigo, iremos tentar aumentar ao máximo a confortabilidade desta área com vista à confraternização depois da janta.
Como tivemos o cuidado de fazer logo um fogo dentro do abrigo no inicio do dia, quando entrámos de noite, a diferença de temperatura era brutal e o abrigo estava bem confortável na hora de ir-mos dormir.
Foi mais uma saída, em que ao estarmos constantemente a desenvolver novos projectos, nos capacitou com novas competências para improvar o nosso ambiente através dos recursos ali disponíveis. Desta forma, além de nos fazer variar para além das tarefas essenciais das saídas para o mato, vai tomando forma um verdadeiro Camp que com certeza nos abrirá muito mais possibilidades de desenvolvimento de actividades da natureza.
Bem haja!
FoicesAlbicastrenses
Parabéns.
ResponderEliminarÉ interessante ver a dedicação que têm na evolução do vosso "Permanent Shelter".
Na minha opinião são o grupo de bushcraft em Portugal com mais actividade, vê-se que gostam do que fazem.
Continuem assim!